Lendo jornais que não vi durante as festas, entendo melhor o lance do Haddad e do IPTU. Todo mundo já sabe o que deu, mas fico espantado (e acho incrivel, na verdade, eu ainda me espantar) de como o Estado brasileiro existe realmente para os que tem e não para os que vivem à margem. O IPTU proposto daria um pequeno alivio a quem não tem nada e faria quem lucrou muito com a bolha imobiliária pagar um pouco mais, mas, salvo uma ou outra exceção, não faria nem cócegas para eles.
Politica tributária é um ótimo instrumento de justiça social. Mas isso foi rapidamente combatido, julgado e bloqueado. E continuamos a não ter um verdadeiro imposto sobre propriedade e renda especulativa e a tributar investimentos produtivos, renda do trabalho e consumo. O Estado brasileiro, mais do que privatizado, precisaria mesmo era ser estatizado. E o fato do Haddad ser uma potencial estrela do PT em pleno coração do PSDB (esse reino que se estende de Minas ao Paraná, com o coração em SP) a ser destruída a qualquer custo também não pesou? Só não vê quem não quer.