Gosto muito do Chile, onde estive várias vezes. E agora ainda mais. A Bachelet, atendendo as pressões sociais, vai tomar atitudes inteligentes para reduzir a desigualdade, como tornar público o ensino superior e mudar o sistema tributário. O Chile tem a vantagem de ter crescido muito nos últimos anos, o que facilita as coisas. Mérito parcial (ver o meu texto http://www.espacoacademico.com.br/071/71bertonha.htm para uma discussão sobre isso) do sistema que eles implantaram, o qual permitiu, ao menos, uma inserção melhor do Chile no sistema econômico global. Mas também dos socialistas, que já o tornaram menos liberal antes e agora ainda mais.
Se é para viver num sistema capitalista, o minimo necessário para que as pessoas possam realmente competir com um mínimo de condições é saúde, educação, habitação e transporte como direitos e não como mercadorias e sistema tributário justo. O dia em que começarmos a tributar menos o salário e o consumo e mais a propriedade e a renda não derivada do trabalho, teremos uma sociedade melhor. Nem de longe comunista ou coisa assim, mas mais justa e estável, o que, no fim, seria bom para o próprio sistema.
http://www.istoe.com.br/reportagens/340584_GUINADA+A+ESQUERDA